Única certeza
Uma hora é chegada o nosso momento,
A data da partida.
Nada mais além para se fazer,
Do que cuidar dos corações daqueles que ficaram.
No início, infinita agonia,
Mas aos poucos tudo vai tomando o seu lugar –
Permanecendo a saudade.
A passagem é algo tão efêmero,
Ao mesmo tempo,
Não nos damos conta do que acontece ao redor.
Não levando à sério a missão,
O livre arbítrio –
Condicionado ao mal uso,
Ao banho Maria...
De qualquer jeito,
Empurrando os acontecimentos.
O dia de amanhã é tão incerto,
Quanto a uma tempestade –
Em pleno mar.
A glória inesperada da bonança,
Às vezes, surpreendem-nos.
Devemos acreditar que um dia,
Essa realidade se transmutar-se-á:
Não estaremos mais aqui!
O que devemos deixar,
Os afetos confortados.
De alguma maneira,
Mesmo que não haja a compreensão.
A única certeza que possuímos na vida:
É a morte.
Em um instante determinado,
Entramos em colapso.
Um olhar de compaixão ao próximo,
Não reconforta somente a ele.
Há uma troca de energia,
Desencadeando a sinergia –
Promovendo o bem.
***
Blog Poesia Translúcida