Única certeza

Uma hora é chegada o nosso momento,

A data da partida.

Nada mais além para se fazer,

Do que cuidar dos corações daqueles que ficaram.

No início, infinita agonia,

Mas aos poucos tudo vai tomando o seu lugar –

Permanecendo a saudade.

A passagem é algo tão efêmero,

Ao mesmo tempo,

Não nos damos conta do que acontece ao redor.

Não levando à sério a missão,

O livre arbítrio –

Condicionado ao mal uso,

Ao banho Maria...

De qualquer jeito,

Empurrando os acontecimentos.

O dia de amanhã é tão incerto,

Quanto a uma tempestade –

Em pleno mar.

A glória inesperada da bonança,

Às vezes, surpreendem-nos.

Devemos acreditar que um dia,

Essa realidade se transmutar-se-á:

Não estaremos mais aqui!

O que devemos deixar,

Os afetos confortados.

De alguma maneira,

Mesmo que não haja a compreensão.

A única certeza que possuímos na vida:

É a morte.

Em um instante determinado,

Entramos em colapso.

Um olhar de compaixão ao próximo,

Não reconforta somente a ele.

Há uma troca de energia,

Desencadeando a sinergia –

Promovendo o bem.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 10/06/2022
Código do texto: T7534630
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