Não há remorso

A culpa, às vezes, corrói a nossa alma,

Por que agimos dessa forma?

Não tem como reverter os fatos?

A humanidade –

Perdendo-se cada vez mais,

Descarrilhando em suas próprias escolhas.

Culminando em um suicídio involuntário,

Também coletivo.

Falsas mensagens,

Propagandas enganosas –

Um duelo torpe com a realidade.

A crueldade nua e crua,

Estampada em nossos olhares.

A dor alheia nos alimentam de tal forma,

Fomentando a ostentação sem sentido.

Não há remorso,

Pelos corpos espalhados no chão.

Contentando-nos com o banho de sangue,

Gargalhando às custas do sofrimento humano -

Sem engano.

Se deles não temos piedade,

Quem dirá dos animais.

Regozijando-nos –

Tomando posse do que não é nosso.

Ideias estapafúrdias –

Controlam a mente,

Deixando o ódio dominar.

***

Essas questões –

Não serão mudadas –

De um momento para o outro,

Agindo em prol da involução.

Quanto menor os questionamentos,

Melhor para os governantes:

Que de pouco a pouco,

À olhos vistos,

Arrancam o mínimo que possuímos.

O que desejam,

É nos ver rastejando como vermes,

Famintos à míngua –

Aceitando qualquer migalha,

À troco de nada –

Promovendo o caos.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/06/2022
Código do texto: T7534043
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