À troco de quê?

A quem beneficia a nossa vida?

Agimos em prol de alguém?

De alguma coisa?

Vertentes se desvanecem,

A luta constante –

Entre o bem e o mal.

A cada dia tendo que provar algo,

Não sei para quem.

Pessoas se mascarando ao redor,

À troco de quê?

Para quê tanta maldade no mundo?

Prevalecendo sempre o poder capitalista,

Onde a verdade é escondida –

Embaixo do tapete,

Não havendo a justiça.

Muito pelo contrário,

A injustiça correndo ou não,

Nas artérias do progresso.

Onde o descaso –

É mais um processo acumulado,

Em alguma prateleira –

Empoeirada e enferrujada,

Convalescendo de tétano.

O pobre é apenas um número,

Em uma enorme estatística –

Que nunca para de crescer.

O bolor no fermento,

No calor da dor que não cessa.

Até quando?

Esta é uma pergunta que não se cala,

Permanece viva em nossa essência.

Num franco desespero,

Entorpecendo a alma –

Na angústia ardente,

Sem sabermos o dia de amanhã.

Se haverá vida –

O ar para respirar.

Cada um deveria fazer o exame de consciência,

Para compreender de fato –

Qual é a sua missão.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/06/2022
Código do texto: T7534017
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