À troco de quê?
A quem beneficia a nossa vida?
Agimos em prol de alguém?
De alguma coisa?
Vertentes se desvanecem,
A luta constante –
Entre o bem e o mal.
A cada dia tendo que provar algo,
Não sei para quem.
Pessoas se mascarando ao redor,
À troco de quê?
Para quê tanta maldade no mundo?
Prevalecendo sempre o poder capitalista,
Onde a verdade é escondida –
Embaixo do tapete,
Não havendo a justiça.
Muito pelo contrário,
A injustiça correndo ou não,
Nas artérias do progresso.
Onde o descaso –
É mais um processo acumulado,
Em alguma prateleira –
Empoeirada e enferrujada,
Convalescendo de tétano.
O pobre é apenas um número,
Em uma enorme estatística –
Que nunca para de crescer.
O bolor no fermento,
No calor da dor que não cessa.
Até quando?
Esta é uma pergunta que não se cala,
Permanece viva em nossa essência.
Num franco desespero,
Entorpecendo a alma –
Na angústia ardente,
Sem sabermos o dia de amanhã.
Se haverá vida –
O ar para respirar.
Cada um deveria fazer o exame de consciência,
Para compreender de fato –
Qual é a sua missão.
***
Blog Poesia Translúcida