Questões da vida

Surpreendem-me as questões da vida,

Algumas mais brandas –

Outras dilacera a alma.

São tantas as perguntas sem respostas,

Na incongruência de um elo –

Um círculo que não se fecha.

A humanidade –

E suas teorias do passado:

Quem somos?

De onde viemos?

Qual o motivo para a nossa existência?

Por que nos criaram?

Para quê tanto sofrimento?

Também a deslealdade?

Quem inventou a ambição?

A ganância?

O poder?

A escravidão?

Tudo se complementa em tamanho desperdício,

Promovendo a destruição.

Nunca aprendemos –

Nunca possuímos a capacidade,

De cuidar de algo que não é nosso –

E que ao mesmo tempo nos beneficia,

No desespero pelo acúmulo de riquezas.

De sempre com a ideia fixa,

De nos darmos bem –

Seja de qualquer forma for,

Não nos importando com a alheia dor -

Este é apenas o prelúdio do fim.

De uma forma ou de outra –

Através dos mesmos erros,

Entraremos em extinção.

Se bem que na verdade,

Já estamos neste ciclo.

Tudo caminha na contramão –

Da evolução.

O relógio ao invés de progredir,

Está em fase de retrocesso.

Será que não percebemos acontecer,

Gradativamente perecer –

Definhando o progresso.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/06/2022
Código do texto: T7534005
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