Questões da vida
Surpreendem-me as questões da vida,
Algumas mais brandas –
Outras dilacera a alma.
São tantas as perguntas sem respostas,
Na incongruência de um elo –
Um círculo que não se fecha.
A humanidade –
E suas teorias do passado:
Quem somos?
De onde viemos?
Qual o motivo para a nossa existência?
Por que nos criaram?
Para quê tanto sofrimento?
Também a deslealdade?
Quem inventou a ambição?
A ganância?
O poder?
A escravidão?
Tudo se complementa em tamanho desperdício,
Promovendo a destruição.
Nunca aprendemos –
Nunca possuímos a capacidade,
De cuidar de algo que não é nosso –
E que ao mesmo tempo nos beneficia,
No desespero pelo acúmulo de riquezas.
De sempre com a ideia fixa,
De nos darmos bem –
Seja de qualquer forma for,
Não nos importando com a alheia dor -
Este é apenas o prelúdio do fim.
De uma forma ou de outra –
Através dos mesmos erros,
Entraremos em extinção.
Se bem que na verdade,
Já estamos neste ciclo.
Tudo caminha na contramão –
Da evolução.
O relógio ao invés de progredir,
Está em fase de retrocesso.
Será que não percebemos acontecer,
Gradativamente perecer –
Definhando o progresso.
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