Por onde anda este “eu”, que não tenho mais visto.
A solidão foi forte demais e ele saiu pelas ruas,
desesperado, magoado, sofrido, abandonado...
Soube que vagou pelas cidades, procurando...
Tive notícias de outros lugares distantes.
Com certeza, nada encontrou e assim sendo, não voltou.
Porque voltar seria de novo abraçar a ausência.
Preferiu largar aqui esse corpo, inexpressivo.
Afinal, leva-lo seria apenas transportar um peso inútil.
Carregou uma mala com esperanças e ilusões suficientes,
para passar o resto da vida em andanças, em buscas,
até encontrar uma razão que o faça enfim, compreender.