Não Sou de Ninguém

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Que estória atravessada é essa: em dizer que sou seu?! Que eu saiba, não sou de ninguém.

— Me humilha ao char estar eu no seu cabresto, como burro em pesada carga...

Outrora espalha ilações ao meu respeito... — Acha que poderás atingir-me sobe seus pés.

Não lhe darei gosto em sofrimento, nem serei a ti, uma barata-tonta, em condenação de morte por pisoteamento.

Tão pouco me verás puxado como um cão, por coleira... Que eu saiba, não sou de ninguém.

Em fingimento revelastes às suas amigas, aos quatro ventos que seu mundo, sou eu. Nunca foi e nem será, aceite seu lugar.

Meu castelo não ruirá: não a tendo por rainha; seus caprichos não os atenderei... Prefiro um reinado sozinho a um amor interesseiro...

Não viverei tamanho horror, em amarras, ao seu lado. Serei livre sem esse seu amor-bandido...

Siguirei solteiro à aceitar sua afetividade, em simulações traiçoeiras...

Siga na sua cegueira, por favor não me veja, me erre!

Pelo que sei não sou de ninguém.

*Nemilson Vieira de Morais

Gestor Ambiental/Acadêmico Literário. (30:05:22)

Nemilson Vieira de Morais
Enviado por Nemilson Vieira de Morais em 31/05/2022
Reeditado em 31/05/2022
Código do texto: T7527953
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