...da poetisa, Martha Medeiros
Essa prosa vai ser baseada, numa pergunta que gostaria de fazer
àqueles que por ventura leram um escrito meu, já leram alguns ou costumam ler meus textos.
A pergunta é:
-Como vocês me definiriam, face a meus devaneios?
Se a resposta for de "...louco”, acertaram!
Mas se acaso, consideram-me ‘...poeta”, também...
Acertaram todos, pois para mim ser poeta é recusar-se pactuar com a comum sanidade. Essa, que desdenha do Poder de Deus, se esforça tanto para minar e destruir Suas Maravilhas, dadas de graça para nós, à preferir ser e resumir-se em moedas, egoísmo e maldades, apenas!
Por isso para mim, ser POETA, é ser...
Vou lhes falar de uma angustia que tenho, na qual confesso me deixar até bem nervoso, só no pensar em explicar.
Na verdade é mais aflição do que propriamente uma agonia, o que tanto me apoquenta nessa minha vida, que nem é tão triste assim, não!
Vou direto ao ”X”...
Como todos veem e no qual muito me orgulho, adoro rabiscar sobre coisas, na verdade, sobre tudo.
E pra corroborar isso que digo, já escrevi tantas coisas.
... coisas sobre o céu, a terra, o ar, o mar, os ventos e as serras, e outras tantas mais...
Também, sobre o sol e a lua, as estrelas e as nuvens, tempestades, trovões, raios, relâmpagos e sobre uma das mais lindas fantasias, criadas pelo nosso Deus, os arco-íris!
Coisas que fazem-me transcender, ir e viajar em pensamentos, por todos os mundos, sem precisar arredar pé do lugar.
...à me provocarem uma explosão incomensurável de extremo fascínio, deleite e encanto, só na possibilidade de poder pensar e na disposição de ter esse tempo, num “time” exato, premiado pelos preciosos e prazerosos momentos, de aprazíveis e raras inspirações.
Pra não dispersar muito de minha prosa e assim esquecer e deixar de falar sobre essa minha agonia na qual tanto me aflige, vou retornar direto ao ponto...
A minha preocupação maior e que deveras me acabrunha, é o fato de que alguém no alto de sua sanidade lógica e normal’, me peça explicações para citações e/ou textos, nos quais muitos eu reconheça serem bem aluados e surreais, frutos dessa minha cabeça de “porongo maluca”.
Pois devem estar aí se perguntando:
Como... (e com toda razão, inclusive...), como esse alucinado escreveu isso e o que quis dizer com este escrito sem pé e sem cabeça, esse doido varrido?
É claro que, dentre frases desconexas, acessos infinitos de suor e uma gagueira oportuna e incontida, com o tempo alguma coisa me vem em dizer (sempre me vem...).
Enfim, esse era e é meu grande drama na vida!
Porém, nada terá o poder de refrear
ou fazer calar, naquilo que orgulhosamente
encho o peito e a boca, pra dizer...
Meus Loucos Poemas