Ilusório

Tudo gira em torno da incerteza,

Onde devo buscar a força que não tenho?

Por fora apenas uma casca,

Por dentro não há fingimento.

É tão simples –

Quando olhamos através do espelho,

A realidade cai com a sua máscara.

Não existe nenhuma rota de fuga,

O destino está traçado.

Os deuses escreveram nas tabuletas,

Os humanos as reescreveram –

Impondo-nos as suas frágeis leis:

“Façam o que eu digo,

Mas não façam o que eu faço.”

É tão fácil nos enganar,

Com fios iguais à marionetes –

Tratando-nos como ventrículos,

Entrando em nossa mente.

A consciência tornando menor –

Do que um grão de mostarda.

Se tivermos uma redenção ou não,

É tão difícil prever.

Seres corruptos,

Voltados para o egoísmo.

Qual providência –

Tomaremos ao ver o leite derramado?

É imprevisível e inconsequente –

Os nossos atos.

A dor alheia,

Comovendo-nos por um milésimo de segundo.

Após a mesma sensação vira pó,

Dissipando-se na atmosfera.

Quanto tempo mais –

Teremos para a realização?

Indivíduos moldados –

Para a exclusão.

Interesses fúteis,

Volúveis –

De acordo com a realidade.

Empregando o ódio e o rancor,

Espalhando a sede de vingança –

Também o desamor,

Munidos de um grau exorbitante:

De psicopatia.

Não lembram que amanhã,

Será outro dia.

Visando o lucro –

Do capitalismo a discrepância.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 30/05/2022
Código do texto: T7526935
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.