acorda

Meu amor, bom dia;
deixa eu lhe cantar uma canção;
Vamos à tarde ao cinema;
ou ver as ondas arrebentarem no cais;
andar pela areia;
Meu amor, que dia!
O sol pletora em todo seu esplendor;
Me perdoa, pois nesta manhã eu me renovei,
Ao som desse fado, que diz que as noites são os dias, e os dias são as noites;
Hoje não irei a praça pedir uns trocados a ninguém;
Quero ficar ao seu lado,
Nada de ir ao centro, só se for com você, tomar uma coca-cola bem gelada,
Ou Ir a igreja, pedir perdão a Nossa Senhora Imaculada,
Bom dia meu amor;
Sei que trazes as marcas de mim gravadas em tua derme,
Só quero você, não vou hoje ao parque vender algodão doce;
Nem perambular pelas esquinas, nos sinais vermelhos, fazer piruetas em troca de alguns vintés;
Ou beber cachaça barata e jogar cartas;
Meu amor, acorda, vejamos essa manhã de domingo se indo;
Não deixe o nosso amor ir junto;
saia dessa paralisia,
Acorde, vamos colocar a conversa em dia;
à tardinha vamos ao cinema,
Ou fazer amor por todo o dia;
meu amor;
acorda;
acorda dessa letargia;
Labareda
Enviado por Labareda em 25/11/2007
Reeditado em 14/06/2014
Código do texto: T752562
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.