Forjados grilhões
Ignorância –
Estamos rodeados por ela.
Pessoas com pensamentos diferentes,
Desconstruindo castelos,
Reconstruindo frágeis elos.
Transformando a vida –
Em uma anedota.
Basta aceitarmos a derrota,
Um mundo globalizado –
Altamente genocida.
Matam –
Assassinam –
Sem o menor escrúpulo.
Já nascemos aniquilados,
Uma atmosfera pesada –
Puramente asfixiante.
Em conchavos armados,
Quem foi que disse:
Que a escravidão se extinguiu?
Duramente somos açoitados,
Por uma realidade,
Minando a desvantagem –
De um absurdo cruel.
Quem escreveu este roteiro,
Nunca visualizou o poder –
Nas mãos de um qualquer.
A sociedade desqualificada,
Rumo ao precipício.
Quem inventou este suplício,
De que o pobre tem que sofrer?
Justificando o capitalismo,
Com o surrealismo.
O mundo não é cor de rosa,
Em um tom acinzentado –
Todos têm as suas batalhas,
Diariamente travadas.
Diagnóstico errado,
Em pleno século XXI.
Onde matas são devastadas,
Pregando a destruição.
O que assistimos é a perversidade,
Em tamanha devastação.
O ódio –
Pregando em primeiro lugar.
Numa instância,
Onde não cabem recursos.
O que testemunhamos –
É o poderio bélico,
E o poder da fala em desconstrução.
Vítimas dizimadas,
Com uma arma apontada para si.
No invisível sistema enferrujado,
Onde não se morre somente –
Na mira de um fuzil,
E pouco a pouco de tétano,
Em meio a dor e desespero.
Quem fomentou sórdidos planos,
Será que teve um lapso –
Ou algum engano?
Moradores da periferia –
Suburbanos.
Moldados a ferro e a fogo,
Não precisa sair –
Para correr perigo.
Ele transpassa:
Os grilhões de nossas casas.
****
Blog Poesia Translúcida