Forjados grilhões

Ignorância –

Estamos rodeados por ela.

Pessoas com pensamentos diferentes,

Desconstruindo castelos,

Reconstruindo frágeis elos.

Transformando a vida –

Em uma anedota.

Basta aceitarmos a derrota,

Um mundo globalizado –

Altamente genocida.

Matam –

Assassinam –

Sem o menor escrúpulo.

Já nascemos aniquilados,

Uma atmosfera pesada –

Puramente asfixiante.

Em conchavos armados,

Quem foi que disse:

Que a escravidão se extinguiu?

Duramente somos açoitados,

Por uma realidade,

Minando a desvantagem –

De um absurdo cruel.

Quem escreveu este roteiro,

Nunca visualizou o poder –

Nas mãos de um qualquer.

A sociedade desqualificada,

Rumo ao precipício.

Quem inventou este suplício,

De que o pobre tem que sofrer?

Justificando o capitalismo,

Com o surrealismo.

O mundo não é cor de rosa,

Em um tom acinzentado –

Todos têm as suas batalhas,

Diariamente travadas.

Diagnóstico errado,

Em pleno século XXI.

Onde matas são devastadas,

Pregando a destruição.

O que assistimos é a perversidade,

Em tamanha devastação.

O ódio –

Pregando em primeiro lugar.

Numa instância,

Onde não cabem recursos.

O que testemunhamos –

É o poderio bélico,

E o poder da fala em desconstrução.

Vítimas dizimadas,

Com uma arma apontada para si.

No invisível sistema enferrujado,

Onde não se morre somente –

Na mira de um fuzil,

E pouco a pouco de tétano,

Em meio a dor e desespero.

Quem fomentou sórdidos planos,

Será que teve um lapso –

Ou algum engano?

Moradores da periferia –

Suburbanos.

Moldados a ferro e a fogo,

Não precisa sair –

Para correr perigo.

Ele transpassa:

Os grilhões de nossas casas.

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Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 26/05/2022
Código do texto: T7524236
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