Sistema falido
A quem se dão os créditos?
Mais uma vil chacina –
Do sistema falido,
Retrógrado –
Visando apenas os bens materiais.
Vidas perdidas –
Não tem problema,
Inocentes entre os mortos.
Na triste sina –
Do morador da periferia,
No fogo cruzado –
Marcado como opositor do governo.
O poder paralelo –
Medindo força –
Desleal cabo de guerra.
Outra vez aconteceu,
Não será a primeira –
E nem a última vez.
Bandidos de colarinho branco,
E suas gravatas engomadas.
A favor de quem?
Da população que não é.
Mantida em cárcere,
De leis que prejudicam os mais fracos –
Favorecem os ricos.
Os pobres no raiar do dia,
Ou na calada da noite –
Não tem vez.
Vivem e são sacrificados,
À torto e a direita.
Os políticos cruéis –
De suas vulnerabilidades se aproveitam.
Quem é que fomenta –
Todo esse caos,
Da barreira desonesta das classes sociais?
Na realização das operações,
Quem comanda é o capitalismo.
O dinheiro público,
Verbalizando a dor –
Espalhando o sofrimento.
A desigualdade –
Estampada na cor da pele.
Exposta a melanina,
Como a pessoa não grata –
Invasora da burguesia.
Na verdade –
São pessoas lutando,
Por um modo de sobrevivência.
Desejando um futuro próspero,
Que nunca vem.
Sem ao menos com o passar dos anos,
Na iminência:
Jaz em uma vala qualquer.
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