Sistema falido

A quem se dão os créditos?

Mais uma vil chacina –

Do sistema falido,

Retrógrado –

Visando apenas os bens materiais.

Vidas perdidas –

Não tem problema,

Inocentes entre os mortos.

Na triste sina –

Do morador da periferia,

No fogo cruzado –

Marcado como opositor do governo.

O poder paralelo –

Medindo força –

Desleal cabo de guerra.

Outra vez aconteceu,

Não será a primeira –

E nem a última vez.

Bandidos de colarinho branco,

E suas gravatas engomadas.

A favor de quem?

Da população que não é.

Mantida em cárcere,

De leis que prejudicam os mais fracos –

Favorecem os ricos.

Os pobres no raiar do dia,

Ou na calada da noite –

Não tem vez.

Vivem e são sacrificados,

À torto e a direita.

Os políticos cruéis –

De suas vulnerabilidades se aproveitam.

Quem é que fomenta –

Todo esse caos,

Da barreira desonesta das classes sociais?

Na realização das operações,

Quem comanda é o capitalismo.

O dinheiro público,

Verbalizando a dor –

Espalhando o sofrimento.

A desigualdade –

Estampada na cor da pele.

Exposta a melanina,

Como a pessoa não grata –

Invasora da burguesia.

Na verdade –

São pessoas lutando,

Por um modo de sobrevivência.

Desejando um futuro próspero,

Que nunca vem.

Sem ao menos com o passar dos anos,

Na iminência:

Jaz em uma vala qualquer.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 25/05/2022
Código do texto: T7523511
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