Mescla...
Quando a límpida luz atinge meus vocábulos dispersos,
Que surgem transparentes envoltos em gotas de chuva,
Quando a verdade se aprofunda na somatória de versos,
E o tácito silêncio enfuna deixando a inconstância viúva,
A palavra nasce nos lábios, entre a sombra e os dedos,
Na alma intrépida, a deposição da fé sem freios invade,
Na cercadura do braços vou redesenhando os segredos,
Sonho que conduz flores protegendo-as da tempestade,
Quando os enigmas seguirem adiante de humanos seres,
E na mesma hora voltem-se para dentro no mesmo anexo,
Variados eventos, diversas cores, sentenças e procederes,
Velejarão com desembaraço no ato simples ou complexo,
Começo ou fim, a cintilação terá sempre um novo sentido,
Instrumento consonante embalando os enleios de outrora,
Tornando-se a própria incógnita do encantamento refletido,
Que um dia o vento presenteou, mas depois levou embora,
Nesta hora o circuíto se traduzirá em milhões de sentidos,
E as argumentações do que ainda não foi contradito virão,
Neste agrupamento os ciclos coerentes estarão refletidos,
E teremos os vínculos e os traçados ditados numa canção!