Som de minha solidão
A solidão me bate a porta.
Nietzsche. Por favor!
Me ajude a destruir o tempo! Só assim minha alma angustiada deixaria de chorar.
Por que tanto aprendizado agora?
Minhas leituras só agora ganharam vida nestes meus dias! De onde vem o desejo de só descansar?
Minha vontade?
Parar o tempo.
Apalpar o intangível vento de vida.
Sentir o cheirinho de café coado na hora, sem ter que olhar ponteiros que só apontam para obrigações no tic-tac do fazer, fazer, fazer, quando o que tanto quero é a constância dos segundos do olhar da vida que num instante voa.
Deitaria no colo da liberdade, implorando a Chronos que me devolva meus outros dias, pra que a solidão se vá, pra que eu reaprenda a sorrir, acrescentando-me apenas o olhar de quem amo ao som de minha solidão.