Teorias apoteóticas

Orbita em mim:

Uma enorme vontade em transcender.

Não porque desejo ser superior à alguém,

Mas sem as limitações que trago aqui comigo.

É tão inconcebível essa realidade,

A qual estamos presos –

Que no final das contas,

Não nos levam a lugar algum.

Com a possibilidade,

De corrigirmos os erros do passado –

Se nem ao menos sabermos quais são,

Recriando teorias e mais teorias –

Para preencher os dias,

E as mentes vazias.

É tudo tão contraditório,

Que a vida que levamos –

Os sonhos -

Maior do que os braços e as pernas,

Sem sabermos quando alcançá-lo.

Mesmo disfarçando,

Não querendo mais –

Permanece uma ponta de esperança,

Para que tudo ou um pouco mais –

Aconteça!

Ou senão, apenas o necessário,

Para suprir as insignificantes necessidades.

O que resta somos nós,

Em nossa efêmera bolha –

Desejando o impossível.

Abastecendo-me –

De um monte de papéis rabiscados,

Com cores e letras coloridas –

Para enfeitar.

O que chamamos de experiência,

Mas que no fundo –

Torna um imenso oco,

Um ócio –

Sem sabermos para quê.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/05/2022
Código do texto: T7520057
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