Teorias apoteóticas
Orbita em mim:
Uma enorme vontade em transcender.
Não porque desejo ser superior à alguém,
Mas sem as limitações que trago aqui comigo.
É tão inconcebível essa realidade,
A qual estamos presos –
Que no final das contas,
Não nos levam a lugar algum.
Com a possibilidade,
De corrigirmos os erros do passado –
Se nem ao menos sabermos quais são,
Recriando teorias e mais teorias –
Para preencher os dias,
E as mentes vazias.
É tudo tão contraditório,
Que a vida que levamos –
Os sonhos -
Maior do que os braços e as pernas,
Sem sabermos quando alcançá-lo.
Mesmo disfarçando,
Não querendo mais –
Permanece uma ponta de esperança,
Para que tudo ou um pouco mais –
Aconteça!
Ou senão, apenas o necessário,
Para suprir as insignificantes necessidades.
O que resta somos nós,
Em nossa efêmera bolha –
Desejando o impossível.
Abastecendo-me –
De um monte de papéis rabiscados,
Com cores e letras coloridas –
Para enfeitar.
O que chamamos de experiência,
Mas que no fundo –
Torna um imenso oco,
Um ócio –
Sem sabermos para quê.
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