Lentidão na era da Velocidade
Sempre adorou a velocidade das novas tecnologias, achava que isso tornava as pessoas mais próximas, a vida mais simples. Mal sabia ele que iria sucumbir dantes disso.
A vida tem sido assim, senta, liga o computador, espera, espera. Para ligar são 2 minutos
Para carregar a área de trabalho mais 1. Para abrir o navegador mais 1. “Perder 4 minutos? sem chance” pensou ele enquanto tateava o celular no seu bolso direito, achei!
Bateria quase acabando, deslizou o desbloqueio da tela (hoje em dia nunca se sabe)
Não apareceu a tela imediatamente, olhou para o computador e o mesmo carregava ainda. Abriu o navegador do celular e não carregou imediatamente. São 4 minutos
em que nada funciona. A ansiedade toma conta, passou a repassar os últimos acontecimentos que deram errado. Fez um paralelo, aquela garota que era pra ser algo lento, foi rápido! O amor que deveria ser descoberto aos poucos, virou amor de verão.
A ida rápida ao mercado para pegar aquele vinho, virou um martírio, bem na minha acabou a bobina do caixa, a máquina de cartão estragou, não tinha cigarro.
Preciso encerrar esse poema, pois abriu o navegador e preciso terminar outro poema.