Me dei conta!
Não é que me dei conta, que nos arrebaldes da mente,
numa redoma de sentimentos sentidos,
me permaneci, ausente da temporalidade.
Eu era sujeito e objeto integrado, que tinha por objetivo as subjetividades.
Recanto iluminado, excitante e inexplorado,
em que me imergi em êxtase e ataraxia.
Cenário de infinitudes e eternidades - manto inconsútil - vazio!
Não era desvario ou alucinação.
Estado que depois vim saber era de turiya ou caturtha.
Latíbulo deferente de onde emergi fleumático e feliz.
Não sei se me dei conta, que nos arrebaldes da vida,
num bioma de trocas e interdependência,
a inteligência é um hólon da exteligência.
Eu era objeto senciente capaz de subjetividades.
Pulsão imanente com muito a apreender e introjetar.
Realidade em que sou um meme na arquitetura da eternidade.
Coexistir é se esculpir com matéria viva - cega - no devenir.
Sabedor que meu corpo e minha mente são sinéquicos
e que meus genes devem perpetuar
no fim de meu ciclo, minha mente e meu corpo
vão para o túmulo, ficando meu legado,
assim espero, para a vida, pois
por ressonância mórfica, a exteligência
preserva para todos e tudo, o que
contribui para a mente de Deus.