Atitudes na alma

Surpreendem-me as anedotas da vida,

Empregadas por pessoa tão vis.

Elas não notam que percebo,

Mas as leio como um escâner.

Não é mera pretensão,

Com o tempo, ou desde sempre,

Aprendemos a lidar com as situações.

Nada se dá ao acaso,

Porém, como forma de sobressair.

A resiliência necessária,

A seleção dos mais fortes –

Comprovada desde que o mundo é mundo.

Releio-me!

No meu caso não é soberba,

Ou algo parecido –

Traduzo como natural.

Pois no meio que se vive,

Procura-se se proteger,

E/ou torna-se um deles.

Escolho a primeira opção,

Nunca se pode ser –

Aquilo que se abomina.

Não que eu tenha ódio,

Algo parecido.

Pois desde quando –

Enxergo-me por gente,

Reconheci-me feito alguém diferente:

Em atitudes, ações e falas.

Tenho a rebeldia parada no sangue,

O tom de me impor,

Com o que não aceito -

Uma questão de subverter.

Moro neste lugar,

Mas não sou o mesmo.

A transgressão por não ser igual,

Paga-se um preço muito alto.

Aceito-me!

Reconheço-me!

Acho justo!

Melhor do que me tornar:

Mais um do mesmo.

Isso não tolero,

Tenho o rock n’ roll –

Entranhado na alma,

Abastece-me em várias questões.

A solitude –

A companheira nostálgica,

De todos os dias –

Vertendo no âmago.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 14/05/2022
Código do texto: T7515885
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