Atitudes na alma
Surpreendem-me as anedotas da vida,
Empregadas por pessoa tão vis.
Elas não notam que percebo,
Mas as leio como um escâner.
Não é mera pretensão,
Com o tempo, ou desde sempre,
Aprendemos a lidar com as situações.
Nada se dá ao acaso,
Porém, como forma de sobressair.
A resiliência necessária,
A seleção dos mais fortes –
Comprovada desde que o mundo é mundo.
Releio-me!
No meu caso não é soberba,
Ou algo parecido –
Traduzo como natural.
Pois no meio que se vive,
Procura-se se proteger,
E/ou torna-se um deles.
Escolho a primeira opção,
Nunca se pode ser –
Aquilo que se abomina.
Não que eu tenha ódio,
Algo parecido.
Pois desde quando –
Enxergo-me por gente,
Reconheci-me feito alguém diferente:
Em atitudes, ações e falas.
Tenho a rebeldia parada no sangue,
O tom de me impor,
Com o que não aceito -
Uma questão de subverter.
Moro neste lugar,
Mas não sou o mesmo.
A transgressão por não ser igual,
Paga-se um preço muito alto.
Aceito-me!
Reconheço-me!
Acho justo!
Melhor do que me tornar:
Mais um do mesmo.
Isso não tolero,
Tenho o rock n’ roll –
Entranhado na alma,
Abastece-me em várias questões.
A solitude –
A companheira nostálgica,
De todos os dias –
Vertendo no âmago.
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