Pesou!
Adentrou a sala com o peso natural do corpo,
mas a alma desejando leveza.
Cumprimentou a todos com maciez na voz,
num delicado bom dia colegas.
Sentou confortável, cruzando as pernas.
Havia um problema a resolver!
Introduziu o assunto... formalmente,
ainda assim sem desassossego.
Percebia semblantes competentes.
Sairia no final a devida solução.
Manteve-se assim sempre calmo.
Eis que houveram, das réplicas,
umas tantas tréplicas e stress.
Ainda assim manteve altivez.
Ânimos exaltam e acalmam.
É próprio isso das relações
humanas, sempre, cheias
de vaidades e os senões
que turvam toda razão.
Sem perder a fleuma,
escapou-lhe um leve
sorriso amarelo, ao
perceber estender
o tempo. Inócuas
as elucubrações
foram tomando
caminhos sem
convergência
e pensou no
pior; pesar
... a alma
mais que
o corpo.
Pesou!