Infinita trilha

Quantas vezes desejei sempre mais?

Recebendo apenas a indiferença,

Tudo bem!

Eu sei,

Nada é como desejamos.

Injetam em nossa mente:

A manipulação,

Queira mais do que possa ter.

Mas em dividendos,

Não há o sentimentalismo –

No capitalismo.

Quero o necessário,

O bastante –

Exceto o modismo.

Quantas verdades poderiam ser ditas?

Outras tantas são sufocadas,

Na busca pelo anseio.

Uma enorme vontade em ter,

Os pés no chão e a cabeça na lua.

Doidivana imaginação,

Brincando com a pacata ilusão.

Entorpecendo em devaneios,

O submundo –

O receio.

No emaranhado de emoções,

Entrelaçado.

Uma nuvem cinzenta,

Pairando sobre o cotidiano.

Derrubando –

Desfazendo os planos.

De conquistar o ensejo,

Desatando os nós –

Fugindo do perigo.

O clamor pela justiça,

A ajuda para os necessitados.

No entanto, deparamo-nos –

Como seres vagantes.

Por condições melhores –

Rastejantes.

O que nos sobram:

São apenas migalhas,

Em uma infinita trilha –

De intolerância.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 12/05/2022
Código do texto: T7514569
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