Infinita trilha
Quantas vezes desejei sempre mais?
Recebendo apenas a indiferença,
Tudo bem!
Eu sei,
Nada é como desejamos.
Injetam em nossa mente:
A manipulação,
Queira mais do que possa ter.
Mas em dividendos,
Não há o sentimentalismo –
No capitalismo.
Quero o necessário,
O bastante –
Exceto o modismo.
Quantas verdades poderiam ser ditas?
Outras tantas são sufocadas,
Na busca pelo anseio.
Uma enorme vontade em ter,
Os pés no chão e a cabeça na lua.
Doidivana imaginação,
Brincando com a pacata ilusão.
Entorpecendo em devaneios,
O submundo –
O receio.
No emaranhado de emoções,
Entrelaçado.
Uma nuvem cinzenta,
Pairando sobre o cotidiano.
Derrubando –
Desfazendo os planos.
De conquistar o ensejo,
Desatando os nós –
Fugindo do perigo.
O clamor pela justiça,
A ajuda para os necessitados.
No entanto, deparamo-nos –
Como seres vagantes.
Por condições melhores –
Rastejantes.
O que nos sobram:
São apenas migalhas,
Em uma infinita trilha –
De intolerância.
***
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