Dilema terreno
O meu corpo cai inerte,
Em um looping surreal.
À milhares de quilômetros,
Não há chegada.
O vento batendo nos cabelos,
Destoando da realidade.
No que acredito?
Não encontro neste lugar.
Pessoas se digladiando,
Por motivos fúteis -
Total perda de tempo.
Abro bem os olhos,
Alcanço a concentração.
Em busca de objetivo,
No semblante:
Nenhum medo,
Ou alucinação.
Desde cedo,
Aprendi a lidar –
Com efêmera situação,
Transmutação do ser.
Aparência frágil,
No cerne a fortaleza.
Entretanto, os perigos,
Os que tentam –
Desviar-me do caminho.
Enfrento –
Sigo firme.
Na missão “herdada”,
Único receio:
De não prosseguir –
Não atingir,
Os objetivos.
A essência que trago,
É maior em comparação –
Daquilo que vivo.
A transformação,
Regida à cada dia.
Não me importo,
Julgamento alheio.
Sou poeira de estrela,
Encontrada na alma.
No interior divago,
Por imensas galáxias –
Desse universo sideral.
Busca pelo conhecimento,
Esmerar-me no aprendizado.
Paciência é o lema,
No terreno dilema.
Na profusão,
Da expansão,
Metamorfose –
Desprendo-me,
Do que acredito –
Ser inútil.
Ao que revela a vida,
Na labuta diária -
De escrever,
Miscelânea de prazer.
Tenho a plena certeza,
De que tudo –
Acabará bem.
Preciso possuir,
A benevolência –
E confiar Naquele,
Que me (nos) protege.
***
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