Migalhas oferecidas
Não estamos preparados,
Para as trapaças do destino.
Traçamos planos,
Planejamos a escalada.
Com o que nos deparamos?
Somente com as rasteiras,
No meio do caminho -
Migalhas oferecidas.
Não adianta –
Sairmos pela tangente.
Ou busca a trilha,
Que seja mais longa.
Há um ser superior,
Que parece brincar –
Divertir-se.
Tratando-nos como fantoches,
Com um simples levantar dedos –
Colocá-los para o escanteio.
O que de fato somos,
Neste jogo cruel de interesses?
O que nos tornamos,
Em meio à trapaças?
Em uma guerra de egos –
Onde o caráter e a moral,
Não tem valor algum.
Transformando-nos –
Em meio a desgraça humana,
Simples objetos –
Desdenhado por seus algozes,
Jogados de um lado para o outro.
Valendo menos,
Que um zero à esquerda -
Com um olhar mesquinho de nojo.
O preconceito –
Estampado em sua face.
Transmutando-nos –
No que de pior existe:
Seres nefastos.
Não há o objetivo claro,
A não ser da dominação -
A ganância em expansão.
Se não nos juntamos à eles,
Não sobrevivemos.
Fazendo parte de uma escória fajuta,
Na falta do alicerce –
Na diminuição da base.
Aqueles que não se dispõe,
De perversas armações.
São riscados do mapa,
Subtraindo a abnegação.
Acredito –
Podemos ser mais do que tudo,
O pouco nos oferecido.
No desespero da sobrevivência,
Ano de eleições.
Políticos corruptos,
Marcando as cartas –
Da população,
Apertando as mãos.
Remorso?
Nenhum!
O que vale é obter no escárnio,
Pisando nos mais pobres –
Na psicopatia se refazer.
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