Migalhas oferecidas

Não estamos preparados,

Para as trapaças do destino.

Traçamos planos,

Planejamos a escalada.

Com o que nos deparamos?

Somente com as rasteiras,

No meio do caminho -

Migalhas oferecidas.

Não adianta –

Sairmos pela tangente.

Ou busca a trilha,

Que seja mais longa.

Há um ser superior,

Que parece brincar –

Divertir-se.

Tratando-nos como fantoches,

Com um simples levantar dedos –

Colocá-los para o escanteio.

O que de fato somos,

Neste jogo cruel de interesses?

O que nos tornamos,

Em meio à trapaças?

Em uma guerra de egos –

Onde o caráter e a moral,

Não tem valor algum.

Transformando-nos –

Em meio a desgraça humana,

Simples objetos –

Desdenhado por seus algozes,

Jogados de um lado para o outro.

Valendo menos,

Que um zero à esquerda -

Com um olhar mesquinho de nojo.

O preconceito –

Estampado em sua face.

Transmutando-nos –

No que de pior existe:

Seres nefastos.

Não há o objetivo claro,

A não ser da dominação -

A ganância em expansão.

Se não nos juntamos à eles,

Não sobrevivemos.

Fazendo parte de uma escória fajuta,

Na falta do alicerce –

Na diminuição da base.

Aqueles que não se dispõe,

De perversas armações.

São riscados do mapa,

Subtraindo a abnegação.

Acredito –

Podemos ser mais do que tudo,

O pouco nos oferecido.

No desespero da sobrevivência,

Ano de eleições.

Políticos corruptos,

Marcando as cartas –

Da população,

Apertando as mãos.

Remorso?

Nenhum!

O que vale é obter no escárnio,

Pisando nos mais pobres –

Na psicopatia se refazer.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/05/2022
Código do texto: T7508467
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