Enorme presente

Não sei se essa é a minha missão,

Porém, sigo a intuição.

De me sentar em um canto,

Na devida obediência –

Para escrever.

Eu sei que muitos me conhecerão,

Depois da partida -

E outros também não.

Quem é que se importa,

Com pensamentos –

Raciocínio –

E fantasias –

Em um pedaço de papel?

Quem sabe ser –

A mera ilusão de uma mente sonhadora,

Que vislumbra o mundo com o olhar interior –

Aquele que vem do fundo da alma.

Mera perca de tempo?

Eu não sei!

A única certeza é:

De ficar sozinha em um canto da casa,

Remoendo as velhas lembranças,

E a fértil imaginação.

Com eles vem as sensações e reações em meu corpo,

Em um dado momento.

Arrependimento?

Nenhum!

Senão, não estaria aqui,

Com a caneta a deslizar sobre o espaço em branco,

Registrando as impressões e desejos.

Será apenas uma quimera?

***

A vida é translúcida,

Nos damos o trabalho em complica-la.

Somente o fato de respirar –

É um enorme presente.

Porém, realizamos tão mecanicamente,

Que não nos damos conta desse fato.

Ainda há tempo para repensarmos,

As nossas atitudes –

A favor de quem nos rodeia;

Ao Planeta Terra –

E fomentar a capacidade da expansão,

Em nossos semelhantes.

Basta estarmos de braços abertos –

Aptos para tal.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 30/04/2022
Código do texto: T7506174
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