Distopia

Mais um dia –

Quantos mais virão?

Nesta distopia em que tudo se transforma,

O meu mundo interior e arbitrário.

Melodia que segue em descompasso,

Com os demais.

Quem foi que inventou,

Este lugar tão retrógrado?

Quem foi que criou,

Estas regras tão desvalidas –

De qualquer valor?

Prevalecendo o ódio e o rancor,

Na lucidez de dias incautos.

Puro devaneios de mentes distorcidas,

Que almejam sempre o melhor.

Procurando a menção da compreensão,

Obtusos momentos ilusórios –

Na compulsão do capitalismo.

Onde querem e desejam sempre mais,

Em corpos almejando a perfeição.

Aqui nesta utopia inconstante,

Em meu zelo –

No desmantelo de alguns.

Procurando a sobrevivência,

Redimir-me de algum fato do passado.

Estou pronta para que a vida possa me proporcionar,

Na resiliência de cada minuto –

Pulando todos os obstáculos.

Em tudo há uma permissão,

Mesmo que no momento –

Não possuímos a dimensão.

O futuro se mostra presente,

Logo ali na frente.

Bem próximo –

Basta olharmos com atenção.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 27/04/2022
Código do texto: T7504211
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