Distopia
Mais um dia –
Quantos mais virão?
Nesta distopia em que tudo se transforma,
O meu mundo interior e arbitrário.
Melodia que segue em descompasso,
Com os demais.
Quem foi que inventou,
Este lugar tão retrógrado?
Quem foi que criou,
Estas regras tão desvalidas –
De qualquer valor?
Prevalecendo o ódio e o rancor,
Na lucidez de dias incautos.
Puro devaneios de mentes distorcidas,
Que almejam sempre o melhor.
Procurando a menção da compreensão,
Obtusos momentos ilusórios –
Na compulsão do capitalismo.
Onde querem e desejam sempre mais,
Em corpos almejando a perfeição.
Aqui nesta utopia inconstante,
Em meu zelo –
No desmantelo de alguns.
Procurando a sobrevivência,
Redimir-me de algum fato do passado.
Estou pronta para que a vida possa me proporcionar,
Na resiliência de cada minuto –
Pulando todos os obstáculos.
Em tudo há uma permissão,
Mesmo que no momento –
Não possuímos a dimensão.
O futuro se mostra presente,
Logo ali na frente.
Bem próximo –
Basta olharmos com atenção.
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