Enredo da omissão

Corruptos –

Desalmados –

Políticos –

Encruados.

Dispondo-se de vidas alheias,

Na contramão do destino.

Em uma guerra urbana,

Onde os inocentes –

Não tem o direito de fala.

Corpos tombados,

Do pior tachados.

Uma sociedade injusta,

O poder na ponta da caneta.

Vítimas caídas na sarjeta,

Moradores da periferia.

Independente da cor da pele,

Um alvo estampado na carne.

Mira laser invisível –

Quem fomenta esta inverdade.

Forjados os excludentes de ilicitudes,

Senhores servis à favor da violência.

Cidadãos comuns –

Servidores gentis,

Pagando os seus impostos –

Enchendo os cofres, os bolsos,

Daqueles que deveriam gerar a proteção.

Porém, promovem o Estado da execução,

Dizimando milhares de vidas inocentes –

Futuras promessas de conquistas.

No entanto, o sangue escorre pela pista,

Com um tiro de fuzil no peito.

O que realmente possuímos por direito?

Trabalhando sol a sol –

Ou na chuva –

Nenhuma perspectiva,

Por dias melhores.

Com o refrigério da falta de tensão,

Provocado pelo enredo da omissão.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 26/04/2022
Reeditado em 28/04/2022
Código do texto: T7503573
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