Enredo da omissão
Corruptos –
Desalmados –
Políticos –
Encruados.
Dispondo-se de vidas alheias,
Na contramão do destino.
Em uma guerra urbana,
Onde os inocentes –
Não tem o direito de fala.
Corpos tombados,
Do pior tachados.
Uma sociedade injusta,
O poder na ponta da caneta.
Vítimas caídas na sarjeta,
Moradores da periferia.
Independente da cor da pele,
Um alvo estampado na carne.
Mira laser invisível –
Quem fomenta esta inverdade.
Forjados os excludentes de ilicitudes,
Senhores servis à favor da violência.
Cidadãos comuns –
Servidores gentis,
Pagando os seus impostos –
Enchendo os cofres, os bolsos,
Daqueles que deveriam gerar a proteção.
Porém, promovem o Estado da execução,
Dizimando milhares de vidas inocentes –
Futuras promessas de conquistas.
No entanto, o sangue escorre pela pista,
Com um tiro de fuzil no peito.
O que realmente possuímos por direito?
Trabalhando sol a sol –
Ou na chuva –
Nenhuma perspectiva,
Por dias melhores.
Com o refrigério da falta de tensão,
Provocado pelo enredo da omissão.
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