ENFOQUES DISTINTOS

A maioria dos adágios populares representa para o ser humano cordato e deveras sensato, uma verdadeira lição de vida e o que ora tenciono fazer um breve comentário acerca dele não seria visto de forma diferente, senão vejamos:

- "QUEM AMA O FEIO, BONITO LHE PARECE".

A primeira vez que ouvi esse ditado popular, pronunciado por uma pessoa de minha família, eu o analisei como um modo sensato de se querer ver a vida de uma maneira cada vez mais bonita; como uma forma de se fazer enxergar o mundo exterior com os olhos do amor, por mais diferenciado que ele nos pareça ser em determinados momentos e que, quando tal observação tem se referido a pessoas, ninguém deverá se importar com a aparência externa desse ser e sim com suas virtudes e qualidades internas.

Em suma, pelo pouco que entendi, a mensagem que está embutida no teor descritivo desse adágio popular, procura nos mostrar que o conceito de beleza é sempre uma questão de ponto de vista pessoal de cada ser humano, geralmente acrescido do produto da pureza de espírito daquele que o aprecia.

Na verdade, quem realmente ama o ser que o faz ou que entende que ainda o fará feliz, não se preocupa com sua beleza exterior, nem com possíveis defeitos nas suas formas e/ou características estéticas incomuns que não são totalmente aceitas como formas naturais por seres humanos extremamente exigentes neste sentido.

Assim, ainda que aquela aparência ou aquele conceito estético menos corriqueiro ou menos aceito pela grande maioria que o julgue não lhe pareça maravilhosamente belo aos olhos e julgamentos de outrem, o que importará mesmo será o que se pensa e o que se espera das reais qualidades e virtudes, sobretudo das atitudes comportamentais advindas daquela pessoa que você ama.

Por fim, eventuais divergências que forem criadas pelos enfoques diferenciados de cada ser humano em particular, no que disserem respeito àqueles conceitos reais formados pelo olhar da beleza da sua alma, voltados efetivamente para o deleite de seu ser, jamais deverão alterar suas convicções e nem seus gostos em nenhum momento. Portanto, procure desfrutar sua vida à sua maneira, deixando, evidentemente, que cada ser humano em particular também o faça do modo que o bem desejar.