Ato racional
Não gosto de me sentir limitada,
De não conseguir escrever.
Sinto-me claustrofobia –
Asfixiada - Sem ar!
Tenho a necessidade de expor,
As ideias no papel –
De regurgitar tudo:
O está preso na garganta,
Como forma de sobrevivência.
É um ato racional, pensado,
Como o instinto de subsistência –
Mesclando a dor e o prazer,
Tão veemente como o respirar.
Reconheço-me –
Sei da força que maneia aqui dentro,
Detalhando cada pedacinho,
Da essência –
Que revigora todo o meu corpo,
Mesmo com a dor –
Dilacerando a carne.
Peço com toda a energia,
Que reverbera –
Conceda-me todos os minutos possíveis:
Para a escrita.
As horas que vago,
Em insanos e consequentes devaneios.
A luz transmutando no espaço,
Também no tempo.
Flamejante enredo –
Quem sabe de uma vida para outra.
A transferência é algo exorbitante,
Na linha tênue –
Que transpassa as gerações.
Atravessando os portais,
Na dinâmica –
De continuar a mesma história.
Esta é a minha vida,
Mesmo que não deseje mais voltar.
Haverá sempre esta chama acesa,
Para a realização.
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