Ato racional

Não gosto de me sentir limitada,

De não conseguir escrever.

Sinto-me claustrofobia –

Asfixiada - Sem ar!

Tenho a necessidade de expor,

As ideias no papel –

De regurgitar tudo:

O está preso na garganta,

Como forma de sobrevivência.

É um ato racional, pensado,

Como o instinto de subsistência –

Mesclando a dor e o prazer,

Tão veemente como o respirar.

Reconheço-me –

Sei da força que maneia aqui dentro,

Detalhando cada pedacinho,

Da essência –

Que revigora todo o meu corpo,

Mesmo com a dor –

Dilacerando a carne.

Peço com toda a energia,

Que reverbera –

Conceda-me todos os minutos possíveis:

Para a escrita.

As horas que vago,

Em insanos e consequentes devaneios.

A luz transmutando no espaço,

Também no tempo.

Flamejante enredo –

Quem sabe de uma vida para outra.

A transferência é algo exorbitante,

Na linha tênue –

Que transpassa as gerações.

Atravessando os portais,

Na dinâmica –

De continuar a mesma história.

Esta é a minha vida,

Mesmo que não deseje mais voltar.

Haverá sempre esta chama acesa,

Para a realização.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/04/2022
Código do texto: T7499123
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