Admirável realeza

Gentilmente –

A madrugada cede espaço para o dia.

O sol raiando –

Os pássaros anunciam o despertar.

Alguns em movimentos frenéticos,

Outros com estardalhaço e algazarra.

Olhando através das janelas,

Ou da varanda:

Resistem as plantas e árvores –

Realizando a fotossíntese,

Presenteando-nos:

Com flores, frutos e divina beleza,

Esta sim, é a admirável realeza.

É muito bom saber:

A Natureza –

Resisti apesar de tanta poluição,

Infelizmente, o descaso.

Instigando a devastação,

Derramando riquezas –

Acumulando prejuízos,

Fomentando a poluição.

Possuímos a necessidade,

De algum momento sermos capazes –

Em reverter este quadro.

Não são apenas deslizes,

E tão ao menos um devaneio.

O Planeta Terra –

Assim como nós:

É um organismo vivo.

Todos precisam ter essa ciência,

Quanto mais explorado –

Mais tempo precisa a regeneração.

Os recursos naturais –

Devem ser dosados,

Em doses homeopáticas.

Está incutida em nossa consciência,

A ignorância –

Como algo natural.

Sabemos que não é aleatório,

A manipulação.

O apaziguar do rebanho,

De imenso tamanho –

A agir de certa forma.

Colocando-nos transparente redoma,

De instinto servil.

Seguindo – Iguais à zumbis,

Ratos em suas rodas –

Cooperando para o girar do sistema.

Na Iminência de doloroso cataclisma,

Impondo um estado de tensão.

No entanto, em insaciável egoísmo,

Implantamos a devastação.

Fomentando a cada ano –

A destruição.

Nunca aprendemos com os velhos erros,

Repetidamente entregues à rotina.

Rendidos a triste sina –

De nunca exigirmos as mudanças.

Nos anseios de uma minoria,

De transformação –

Reina a esperança.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 19/04/2022
Código do texto: T7498106
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