Admirável realeza
Gentilmente –
A madrugada cede espaço para o dia.
O sol raiando –
Os pássaros anunciam o despertar.
Alguns em movimentos frenéticos,
Outros com estardalhaço e algazarra.
Olhando através das janelas,
Ou da varanda:
Resistem as plantas e árvores –
Realizando a fotossíntese,
Presenteando-nos:
Com flores, frutos e divina beleza,
Esta sim, é a admirável realeza.
É muito bom saber:
A Natureza –
Resisti apesar de tanta poluição,
Infelizmente, o descaso.
Instigando a devastação,
Derramando riquezas –
Acumulando prejuízos,
Fomentando a poluição.
Possuímos a necessidade,
De algum momento sermos capazes –
Em reverter este quadro.
Não são apenas deslizes,
E tão ao menos um devaneio.
O Planeta Terra –
Assim como nós:
É um organismo vivo.
Todos precisam ter essa ciência,
Quanto mais explorado –
Mais tempo precisa a regeneração.
Os recursos naturais –
Devem ser dosados,
Em doses homeopáticas.
Está incutida em nossa consciência,
A ignorância –
Como algo natural.
Sabemos que não é aleatório,
A manipulação.
O apaziguar do rebanho,
De imenso tamanho –
A agir de certa forma.
Colocando-nos transparente redoma,
De instinto servil.
Seguindo – Iguais à zumbis,
Ratos em suas rodas –
Cooperando para o girar do sistema.
Na Iminência de doloroso cataclisma,
Impondo um estado de tensão.
No entanto, em insaciável egoísmo,
Implantamos a devastação.
Fomentando a cada ano –
A destruição.
Nunca aprendemos com os velhos erros,
Repetidamente entregues à rotina.
Rendidos a triste sina –
De nunca exigirmos as mudanças.
Nos anseios de uma minoria,
De transformação –
Reina a esperança.
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