A deriva
O homem voltava de forma precipitada, sua pacífica condição honrada afrontava o desejo de coisas transcorridas e lentas,
Promessas abundantes de um novo amanhã pareciam uma perfeita linha desenhada onde jamais se abria uma brecha de esperanças, indeciso no rumo a seguir continuava com essa fome de outras paisagens,
O homem esticou seus dedos e o céu perdera a sua matinal sutileza de outras invernadas, o silêncio dessa primeira hora do dia era quasse um lamento de campos e pampas perdidas no tempo,
A calma era uma majestade quasse única naquelas parajens, um espiral de dor aguda que lembrava desse tédio assustador, uma apatia comum de imobilidade e silêncios que acompanhavam essa viajem sem destino...