Conflitos
Há em mim esse conflito
Entre explicar, ou apenas sentir
Escolho estreitar esses dois caminhos
Entre manter os pés firmes nesse chão
Ou voar nas asas da minha emoção
Há um sentir reverso que acomete
Que faz da razão fatídico cerne
Pensar, ponderar cada decisão
Fazer o que é certo, sem indagações
Ah...mas tem o apelo que grita tão alto
Deixando-me à mercê da emoção
Uma ordem primária em tons laivos
Fazendo apenas reagir a esse misto de sensações
Deambulo neste conflito abissal
Em ceder aos clamores da carne
Acalentar esse meu ser passional
Sem pensar no peso da responsabilidade
...ou simplesmente coibir meus instintos,
Ignorar a torpeza que embriaga,
ignorar de uma vez os irrefreados sentidos
Chamar à razão, conter-me de forma sensata
Certamente a razão é um escape
Quando tudo torna-se caótico, sem proporção
Minha razão acalma as tempestades
Quando minhas emoções arrastam-me a degradação.
Quem dera ser guiada somente pela emoção
Mas o mundo é um lugar perigoso
É arriscado não ouvir a razão.