Clausura sepulcral
Os dias estão passíveis -
Não sei o que acontece,
Uma letargia,
Entorpecendo os sentidos.
Como buscar pelo novo?
Sobrevivendo na clausura sepulcral –
De meu corpo.
Enquanto, a mente,
Deslumbrante imaginação.
Aos percalços,
Fugindo pela tangente –
Esfuziante alucinação.
Distraio-me com as ilusões,
Desvencilhando-me dos perigos.
Seguindo atalhos,
Pegando trilhas.
Na ilusão de ótica desse mundo,
No metaverso –
Recriado não sei por quem.
Ou o que quer que desejem,
Não sei dizer ao certo.
Porém, ao meu universo limitado,
Do meu grande e pequeno interior.
Recrio-me em prosas e versos,
Na contramão da agitação –
Que ecoa do lado de fora.
Nem eu mesma me compreendo,
Sou um poço de incertezas.
Que de certo –
É uma grande incógnita na vida.
Por quê e para quê?
A imaginação tem o seu limite,
No desconcerto das horas –
De procrastinação.
Nas lágrimas –
Que teimo em represa-las,
Escondendo-as dos olhares dos demais.
A fraqueza, às vezes, é um conforto,
Para a força que demonstro.
Entretanto, é sempre cansativo,
Porém, desnudo apenas a alma.
***
Blog Poesia Translúcida