Clausura sepulcral

Os dias estão passíveis -

Não sei o que acontece,

Uma letargia,

Entorpecendo os sentidos.

Como buscar pelo novo?

Sobrevivendo na clausura sepulcral –

De meu corpo.

Enquanto, a mente,

Deslumbrante imaginação.

Aos percalços,

Fugindo pela tangente –

Esfuziante alucinação.

Distraio-me com as ilusões,

Desvencilhando-me dos perigos.

Seguindo atalhos,

Pegando trilhas.

Na ilusão de ótica desse mundo,

No metaverso –

Recriado não sei por quem.

Ou o que quer que desejem,

Não sei dizer ao certo.

Porém, ao meu universo limitado,

Do meu grande e pequeno interior.

Recrio-me em prosas e versos,

Na contramão da agitação –

Que ecoa do lado de fora.

Nem eu mesma me compreendo,

Sou um poço de incertezas.

Que de certo –

É uma grande incógnita na vida.

Por quê e para quê?

A imaginação tem o seu limite,

No desconcerto das horas –

De procrastinação.

Nas lágrimas –

Que teimo em represa-las,

Escondendo-as dos olhares dos demais.

A fraqueza, às vezes, é um conforto,

Para a força que demonstro.

Entretanto, é sempre cansativo,

Porém, desnudo apenas a alma.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 16/04/2022
Código do texto: T7496463
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.