O terremoto

A morte daquele homem na cruz

Não poderia passar como algo comum.

As cortinas dos templos rasgaram-se

Como se de dentro escapasse o sagrado.

Era preciso romper o que prendia.

A terra treme toda e se abre em grandes crateras,

As pedras foram rolando morro abaixo.

Os céus escureceram tudo.

Nem o sol continuou seu trajeto,

Com medo desapareceu dos céus.

A lua negou-se a seguir seu caminho.

Tudo treme ameaçando todos os viventes.

Tudo estava consumado nessa última hora.

A vida não suporta a insensatez,

Não suporta a injustiça,

Não suporta as cruzes dos calvários.

Tantos calvários pelo mundo!

A terra toda sente a destruição de tudo.

Os soldados covardes e os oficiais do governo

Defecaram nas próprias calças de medo.

Onde estavam os sacerdotes?

E os doutores da Lei?

Pregaram mentiras para o povo

Libertando Barrabás.

O mundo não se reconhece nas mentiras.

O Pai então recebe em suas mãos o espírito do Filho.

Só podia ser mesmo Filho de Deus!

Tudo está consumado!

 

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 15/04/2022
Código do texto: T7495815
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.