Dimensões surreais
As vozes ecoando em meus ouvidos –
O que elas querem me dizer?
São enigmas,
Sonhos surreais em pleno sono.
Cenas embaralhadas –
Aleatórias,
Um quebra cabeça sem fim.
Performances rodeadas de mistérios,
Estou nelas, não como coadjuvante –
E sim, no papel principal,
Cercada em meio ao duelo –
Luta entre o bem e o mal.
Qual o princípio fundamental –
Nisso tudo?
Realmente há alguma explicação?
Um emaranhado de linhas,
Que se conectam –
E se reconectam pelo fio invisível,
Com tantos fatos e acontecimentos.
Na linha translúcida do tempo,
Em que não existe o desfecho.
O grito ecoa –
Visceral dentro do peito,
Almejando a resolução.
As respostas para tantas questões,
Mostram-se efêmeras –
Na ilusão concreta, arbitrária.
Não demonstrando –
Chances de escapatória.
Estamos entregues,
Dispostos em uma grande redoma.
Talvez não passamos de simples –
E ingênuas marionetes,
À serviço de algo maior -
Fora da capacidade de compreensão.
Munidos ou sentenciados,
A não sei o quê.
Já derrotados pela luta.
A imaginação –
Fazendo-se necessária,
Como válvula de escape –
Será que haverá chances,
De sobrevivência?
***
Blog Poesia Translúcida