Dimensões surreais

As vozes ecoando em meus ouvidos –

O que elas querem me dizer?

São enigmas,

Sonhos surreais em pleno sono.

Cenas embaralhadas –

Aleatórias,

Um quebra cabeça sem fim.

Performances rodeadas de mistérios,

Estou nelas, não como coadjuvante –

E sim, no papel principal,

Cercada em meio ao duelo –

Luta entre o bem e o mal.

Qual o princípio fundamental –

Nisso tudo?

Realmente há alguma explicação?

Um emaranhado de linhas,

Que se conectam –

E se reconectam pelo fio invisível,

Com tantos fatos e acontecimentos.

Na linha translúcida do tempo,

Em que não existe o desfecho.

O grito ecoa –

Visceral dentro do peito,

Almejando a resolução.

As respostas para tantas questões,

Mostram-se efêmeras –

Na ilusão concreta, arbitrária.

Não demonstrando –

Chances de escapatória.

Estamos entregues,

Dispostos em uma grande redoma.

Talvez não passamos de simples –

E ingênuas marionetes,

À serviço de algo maior -

Fora da capacidade de compreensão.

Munidos ou sentenciados,

A não sei o quê.

Já derrotados pela luta.

A imaginação –

Fazendo-se necessária,

Como válvula de escape –

Será que haverá chances,

De sobrevivência?

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 14/04/2022
Código do texto: T7495221
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