A árvore
Como és bela, árvore. majestosa e acolhedora. refúgio dos pássaros....
Suas sombras são sombras para o meu inquietante calor.
Oh, árvore, de galhos finos, pequenas folhas, mal sei seu nome, sua idade,
quem te plantara... mas já gosto de ti como irmã mais velha, que me olha e
refrigera meus pensamentos turvos.
Árvore amiga, quantas histórias vistes neste lugar, pessoas que vieram e
que se foram , que te enamoraram como eu ou que nem seguer lhe notou.
Árvore mãe, de solo castigado pelas mãos humanas, podadas pela ganância
de uma urbanização torpe e desenfreada, suas raízes presas aos cimento
assassino, mas mesmo prisioneira desse sistema continua a contribuir com
seu oxigênio, com seu frescor e com a sua benevolência.
Queria poder lhe agradecer, amada árvore, pelos dias, semanas e meses que
convivi contigo. Você, árvore, que me aconchegou do amanhecer, ao resplandecer
da noite, sempre estará em minhas lembranças e nas minhas singelas
palavras de eterna amizade.