Divo
O lábio em que me penduro agora, não é só meu.
Danço como se estivesse na escuridão, ninguém me vê!
Venham me ver, me tirem dessa boca, me tirem da escuridão!
Façam me brilhar, ou me deixem aqui pendurado sem saber o gosto de uma boca só minha.
Já vi algumas vezes as cores do mundo, mas nenhuma delas passavam por mim.
Venham, libertem-me dessa escuridão.
As vezes em que subi nessa cadeira, cai, mas mesmo assim estou aqui, venham, deixe-me brilhar e que eu encontre meu lar, que é dentro do brilho dos olhos que me veem.