Divo

O lábio em que me penduro agora, não é só meu.

Danço como se estivesse na escuridão, ninguém me vê!

Venham me ver, me tirem dessa boca, me tirem da escuridão!

Façam me brilhar, ou me deixem aqui pendurado sem saber o gosto de uma boca só minha.

Já vi algumas vezes as cores do mundo, mas nenhuma delas passavam por mim.

Venham, libertem-me dessa escuridão.

As vezes em que subi nessa cadeira, cai, mas mesmo assim estou aqui, venham, deixe-me brilhar e que eu encontre meu lar, que é dentro do brilho dos olhos que me veem.

Robert Freyr
Enviado por Robert Freyr em 12/04/2022
Reeditado em 14/07/2024
Código do texto: T7493935
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