RAMO

Ele foi deixado no jardim, sem ao menos um olhar fraterno.

Mãos, muitas mãos, cada uma se apropriou de uma flor.

O ramo ficou ali fincado no solo.

No dia seguinte as flores outrora belas, murchas ficaram. As mãos muitas mãos, uma a uma pegaram-nas e descartaram no cesto mais próximo.

O ramo abandonado no jardim, depois de dias regou-se do orvalho, brotou e voltou a florir. Novamente as mãos, muitas mãos, vorasmente estavam lá prontas a se encherem novamente.

O ramo é o pocesso, a flor o resultado, as mãos vão continuar estendidas a colher novas flores.