PERDOA
Sinto vontade de te pedir perdão pela maneira grosseira como te tratei. Sou assim: mil impulsos por segundo e logo depois, de consumado o ato, me arrependo zilhões de vezes, por isso peço que me perdoe. Sinto uma saudade dolorida por esses dias sem você . Está sendo barra!
Perdoa. Sei que às vezes me atrapalho, tumultuo tudo e você fica olhando, parado, esperando o momento certo para arrumar os estragos que fiz. Mas não sou perfeita. Você é perfeito para mim!
Perdoa, por todos os momentos em que fiz o teu coração bater forte: não pelo amor que sentia, mas pelos atos transloucado, dos meus gritos e pelas angústias que levei para você.
Perdoa. Sei que não tem volta. O meu amor é fatal para quem se aproximar de mim. Agora sei o tanto de mal que lhe fiz, mas agora você conseguiu sair da minha teia. Correu. Fez o que era certo, se não te devoraria e ficaria achando que fiz o melhor.
Perdoa, por te deixar tantas noites sem dormir e o vendo acordar com olheiras, mas mesmo assim, aguentando forte e retardando o momento de abrir a porta de vez e sair.
Perdoa, pelas vezes em que eu queria te falar de amor e eu só conseguia cuspir palavras de ódio!
Perdoa, aquelas palavras! Elas não eram para você, mas você estava ali parado, em minha frente!
Perdoa.
Sei que vai ser difícil, mas estou fazendo a minha parte: reconhecendo os meus erros. Sei que pedir desculpas não vai apagar o mal que te fiz; não vai apagar nada, nada. Não procuro por isso. Não procuro por esquecimento.
Procuro suportar essa confusão de sentimentos que tenho dentro de mim que me angustia e se alastra querendo explodir, pode não parecer, mas de tanto te querer bem te fiz mal, de tanto querer sentir o amor desencadeei o ódio, de tanto pensar em fazer o melhor consegui estragar o que era perfeito.
Penso em todas essas coisas e descobri que este é o meu presente recheado de perdas: você saindo e eu ficando.