Reconstrução visceral

A imperfeição do momento,

Entrelaçando-nos aos percalços.

O caos - Veemente lamento – Na desordem,

Nau a deriva –

A esse modo nos sentimentos,

Sem abrigo.

A falta do acolhimento.

O sagrado – Ideias profanas –

Andando lado a lado em paralelo.

Incessantemente busca pelas oportunidades,

Janelas que não se abrem –

Portas que se fecham.

No último momento,

Batendo em cheio em nossas caras.

Insuportável a dor,

Dilacerando a alma.

Diferenciados são os inimigos,

Sorrindo – Tapinhas nas costas –

Falsidade,

Escondendo as verdadeiras intenções.

A sensibilidade ao máximo,

Um olhar atento.

Sentimentos pertinentes e vorazes,

Na contramão do pessimismo.

Ainda há muito para ser construído,

Outro tanto a ser reparado –

E mais ainda a ser dito.

Nem sempre se tornar contraditório é ruim,

Vale muito do ponto de vista.

O olhar sobre o ponto correto do prisma,

Impregnando o desejo do bem estar –

Da evolução – Desfazendo o abstrato,

Fomentando o que há de concreto.

Não precisa ser perfeito,

Apenas que haja a coexistência –

Em todos os sentidos.

A construção – A reconstrução –

De um novo modo de vida,

Passando uma borracha:

Em velhos erros –

Antigos hábitos,

Que não nos levam a lugar algum.

Incessante mundo imaginário,

Na lucidez de meus pensamentos.

A ilusão recriando outra realidade,

O metaverso em minha mente -

Afastando-me do que julgo ser ruim.

A música –

Batida constante do metal,

Desenhando linhas psicodélicas –

Pela visão transcendental.

Em solitude surreal,

Suprimindo até os ossos do corpo –

Movimento visceral.

Posso parecer inconstante,

Este é o meu refúgio.

Subindo cada vez mais a torre,

Permissão para entrar –

Somente por gratidão.

Fora disso, mantenho-me distante.

Em mar aberto –

Navego longe de malfeitores,

E perigo.

Refaço-me como a fênix,

O maior abrigo.

Desvencilhando-me de tolos alardes,

Na utopia indesejada.

As letras –

Papel e caneta –

Na intensidade do momento.

O deslumbramento,

O versejar em prosas e versos.

Constantes são os devaneios,

Recriando a perfeita paisagem.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 07/04/2022
Código do texto: T7489967
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