LOGOS E SPIRITUS

No deserto, na cidade de convívio de outrora, a imaginação é única, companheira.

Dentre paredes das casas em ruínas, deixo o tempo passar.

Vejo a passagem da procissão a galope, e sigo sonhando.

Ajunto cartazes espalhados da escola, colo-os de volta nas paredes em sinal de teimosia.

Quando tudo parece um caos, sento-me num bloco de pedras, lembro quem sou.

Não deixo escapar o que ainda me resta: a beleza de ser "humanus".

Porque há silêncio que não é sinal de paz;

Como nem todo riso é sinal de alegria.

Como também, nem todo pulo é sinal de felicidade.

Assim como nem toda pressa, é sinal de compromisso.

Mas como a fulga que que é sinal de desespero.

Distraído, esqueço da animalesca ação dos homens maus.

Volto a pensar ao que em tudo deveríamos ser em: "spiritus".

Pois já não quero ser um animal feroz, sem motivo algum, exterminando pobres criaturas inocentes.

Carlos A. Barbosa.

In: Num sopro de inocência. Ano: 2022, Século XXI.

Carlos Alberto Barbosa
Enviado por Carlos Alberto Barbosa em 03/04/2022
Reeditado em 21/05/2024
Código do texto: T7487221
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