Tentativas diárias
Tão incandescente quanto a luz que ilumina,
Transparência da alma que encandeia.
O tempo remoto pela transição,
Fato de se redescobrir como pessoa.
Força necessária –
Descoberta para saber o que,
E, principalmente, quem se é.
Em uma atmosfera imperfeita,
Acinzentada e impactada.
Sobre o holocausto do pessimismo,
Aquele mesmo que nos rodeia.
A grande maioria deseja assistir a nossa queda,
Nem ao menos usam disfarces –
Revelando-se – Tremenda cara de pau.
Mas que sejamos muitos,
Não únicos –
A fugir das estatísticas impostas,
Por fatores imensamente cruéis.
A felicidade alheia não é bem aceita,
Por aqueles que no profundo íntimo –
Deseja ser e permanecer em nosso lugar.
Entretanto, não faz ideia do que vivenciamos,
Com as suas regras fúteis –
Invalidando o mérito.
Não que sejamos vaidosos,
Porém, almejamos a gratificação:
Por competência –
E não alcançar o lugar de fala do outro,
Ou usando de manipulação.
O parecer da luminosidade,
Regendo os passos –
O discernimento no compasso,
Transfigurando-se –
Refletindo em nossa aura.
Resplandecendo –
Em quem convive nas trevas.
Nem sempre é fácil conseguir tal êxito,
Mas estamos vivos, nas tentativas diárias.
***
Blog Poesia Translúcida