Tentativas diárias

Tão incandescente quanto a luz que ilumina,

Transparência da alma que encandeia.

O tempo remoto pela transição,

Fato de se redescobrir como pessoa.

Força necessária –

Descoberta para saber o que,

E, principalmente, quem se é.

Em uma atmosfera imperfeita,

Acinzentada e impactada.

Sobre o holocausto do pessimismo,

Aquele mesmo que nos rodeia.

A grande maioria deseja assistir a nossa queda,

Nem ao menos usam disfarces –

Revelando-se – Tremenda cara de pau.

Mas que sejamos muitos,

Não únicos –

A fugir das estatísticas impostas,

Por fatores imensamente cruéis.

A felicidade alheia não é bem aceita,

Por aqueles que no profundo íntimo –

Deseja ser e permanecer em nosso lugar.

Entretanto, não faz ideia do que vivenciamos,

Com as suas regras fúteis –

Invalidando o mérito.

Não que sejamos vaidosos,

Porém, almejamos a gratificação:

Por competência –

E não alcançar o lugar de fala do outro,

Ou usando de manipulação.

O parecer da luminosidade,

Regendo os passos –

O discernimento no compasso,

Transfigurando-se –

Refletindo em nossa aura.

Resplandecendo –

Em quem convive nas trevas.

Nem sempre é fácil conseguir tal êxito,

Mas estamos vivos, nas tentativas diárias.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/04/2022
Código do texto: T7487030
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