O que o tempo trouxe
Por anos à fio,
Talvez achando que não lhe houvesse par perfeito
A moça buscou alguém sem saber na incerteza do tempo.
Sorriu, chorou,
Viveu, cansou.
Mas ninguém no mundo era capaz de tomar-lhe o amor.
Seu coração tal qual uma rocha
Cerrara-se ao sentimento originário.
Não permitia-se cortejar por alguém
Muito por medo, pouco por opção.
E seguiu assim
Nessa condição.
Até que momentos de fragilidade
Lhe causaram dor.
Desnorteada por tudo que lhe caíra nos ombros
A moça procurava por um acalento,
Uma gota que fosse de reconforto
Em seu universo desmanchando.
E foi nesse exato ponto,
Que um entrelaçar de vidas,
Um elo de sublimes almas,
Um encontrar de sonhos correspondentes,
Uma ação movida pela força dos céus
Rompeu o antigo silêncio daquela mente
Doutrinada para não apegar-se.
Foi nesse instante que ele voltou.
Aquele por quem a moça buscava sem saber
Aquele que ela tanto esperara no incerto
Aquele a quem ela amara muito tempo no segredado poema de seu coração.
Aquele a quem ela observara distante
Várias vezes
Na esperança de tê-lo.
Seu grande amor!
Por quem blindara seu coração.
Por quem decidira sem entender
Guardar-se.