Principado das trevas
Sofrimento –
Ecoando as vozes.
Atormentando os sentidos,
Movimentos atrozes.
O temor –
Dissimulações velozes,
Quebrando a barreira do som.
Cores abstratas –
Fora do tom.
Apenas uma nuvem acinzentada –
De poeira.
A intolerância pregada,
O que rege a lei do genocídio.
A estupidez de uma guerra,
Uma desculpa esfarrapada qualquer,
No total desprazer.
Quem dá as ordens,
Ou detona o botão –
Não põe o seu na reta.
Espalhando a morte,
Pregando a dor.
Teatro real e macabro,
Indesejado circo de horror.
Desafetos – Desamor –
Planejado fim da raça humana,
Vil é a sua meta.
Economia de recursos naturais,
Colocando em risco,
A população mundial.
Bombas –
O colapso do Planeta Terra,
Aos olhares incrédulos, surreal.
Príncipe das trevas,
Assassinatos sem explicação.
Teoria de conspirações,
Cumprindo-se a agenda global.
Fazendo-nos engolir a seco,
Aceitando como normal.
Intolerante saga da eliminação,
Por onde andarão os justiceiros?
Que não põe um ponto final –
Nas atrocidades?
Levando a fama de aventureiros.
Não valemos nada diante dessa simulação?
Um projeto paralelo –
Afim, de servimos aos interesses?
Ou será apenas um erro, um deslize?
Seguem com os planos:
Transvestindo-se em disfarces,
Forjando emoções.
No fim das contas visam os lucros,
O lado financeiro aprazível.
O capitalismo –
Mostrando as suas garras.
O exibicionismo como fetiche,
Inconfundível tara.
O pensamento no próximo – Impossível!
Catequizando mentes inocentes,
Características do sacrifício –
Como algo banal.
Induzindo o suicídio febril,
Abominável crueldade.
O senso de poder,
Intolerante maldade.
Agindo com estratégias,
Que nem sempre saem do melhor jeito –
Como o planejamento.
Infundados os argumentos –
Levando consigo,
Milhares de almas ingênuas.
Pessoas – Cidadãos comuns -
No meio do campo de batalhas,
Onde sobreviviam submergidos em plena rotina.
Agora transformado em palco,
De mais um evento da História.
O que restarão de suas memórias?
Civis e militares –
Qual o crime cometido?
Nascido em determinadas pátrias,
Alguém teve a opção?
Pegando em armas para se deferem e mais a quem?
Enquanto, famílias são destroçadas,
Por uma luta armada –
Carregadas de mísseis.
Os escolhidos na colheita do mal,
Desfilam protegidos –
Longe da mira do arsenal.
A sirene –
Antecedendo o terror.
Evacuações forçadas,
Deixando o pouco que se tem para trás,
Sem nenhuma garantia de retorno.
Após os estampidos,
O silêncio ensurdecedor –
Seguidos por gritos de desespero,
Imprimindo a agonia –
Impregnado de pavor.
A guerra gera traumas,
Perdas que durarão –
Para toda uma eternidade.
Mesmo em uma realidade:
De extinção.
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