Minha culpa

e

minha redenção!

 

Em mim, um dia...

 

Quase todos os defeitos do mundo, eu tive. 

 

A ira, nutrida com ressentimentos, já me tomou

 

O egoísmo, alimentado pela inveja, professo que em mim sutilmente grassou. 

 

E o ódio, no peito desse poeta, também apertou, calejou, corroeu e já fez, lúgubre morada!

Por pouco desmoronei, a desnortear meu próprio imo.

 

Vendo meu cerne, aos poucos, esvair-se em dolo;

 

Quase matando o que me restava de pura inocência.

 

Eu, que tanto me orgulhava da solidez da minha paciência

 

Morria...pensava viver, porém apenas sobrevivia, ante meu premente e inadiável revés!

 

Via, o tesouro de minha calma desfalecendo numa forte correnteza de ressentimentos;

 

Levada pela fúria das vicissitudes, grotão da tolerância, abaixo!

 

Fluindo desatinadamente, na aridez tosca de meu deambular ardil.

 

Sonho...? Sonhos meus? Enveredando-se ao irreversível, nada pueril das mágoas mal resolvidas, a cunfundir-se com o mal maior, ódio!

 

Confesso, já com escassas esperanças de fazer, ou ver reverter meu cruel destino!

 

Mas pensava e ainda penso, que sempre é tempo...

 

Pois se cria... (e como NELE eu creio), no Deus que se Fez Compromisso

E mais que Promessa, Fez-se Única Certeza de Salvação...a Única, absolutamente...

 

Então foi nesse graveto alquebrado, inchado, mas ainda rijo (o que restou de minha consciência);

 

Resistindo, pra não sucumbir, e ser apenas e tão somente entulho do rio da Vida...

 

Foi nesse Turbilhão de Fé e Amor, que eu me encorajei, dizendo:

-Chega...!

-Deu...!

 

Fazendo minha essência retomar rédeas, acertar o rumo e o prumo...

Ganhar força e professar um sonoro...

 

Basta mal...

 

           

 

 

 

SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 24/03/2022
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