Ressignificação

Tenho marcas,

Carrego cicatrizes.

Sou flor –

Também espinhos.

No peito a dor –

Transmutando os caminhos,

Brincadeiras lúdicas.

***

A vida nos mostra os seus sinais:

Chegada – O acolhimento,

Linha de partida – Nenhum alento.

Na falta de empatia,

No demonstrar da ingratidão.

O ser humano, nem sempre tem um olhar crítico,

Sobrevive no egoísmo sórdido –

Predominância de anos,

Não sigo pela mesma trilha.

É fácil dar testemunho do que não se vive,

Mostrar-se em uma carapuça com os demais.

Quando o mais importante:

É olhar para dentro de si,

No reconhecimento de vasculhar –

Cada recôndito da alma.

Ao menos tentar redescobrir quem se é -

E/ou o que precisa ser melhorado,

De verdade.

Tudo é questão de tempo,

Às vezes, este é perdido na escassez de atenção.

A falha do discernimento –

Em perceber o que realmente acontece.

No entanto, é da nossa natureza sermos mesquinhos,

Principalmente, em não aprendermos a demonstrar a gratidão.

***

As marcas –

As cicatrizes –

Os espinhos –

A dor –

Sempre prevalecerão.

Até o momento,

Da transmutação.

Na verdadeira essência,

Do que sou.

Mostrar-me digna:

Da veemente ressignificação.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 24/03/2022
Código do texto: T7479610
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.