Ressignificação
Tenho marcas,
Carrego cicatrizes.
Sou flor –
Também espinhos.
No peito a dor –
Transmutando os caminhos,
Brincadeiras lúdicas.
***
A vida nos mostra os seus sinais:
Chegada – O acolhimento,
Linha de partida – Nenhum alento.
Na falta de empatia,
No demonstrar da ingratidão.
O ser humano, nem sempre tem um olhar crítico,
Sobrevive no egoísmo sórdido –
Predominância de anos,
Não sigo pela mesma trilha.
É fácil dar testemunho do que não se vive,
Mostrar-se em uma carapuça com os demais.
Quando o mais importante:
É olhar para dentro de si,
No reconhecimento de vasculhar –
Cada recôndito da alma.
Ao menos tentar redescobrir quem se é -
E/ou o que precisa ser melhorado,
De verdade.
Tudo é questão de tempo,
Às vezes, este é perdido na escassez de atenção.
A falha do discernimento –
Em perceber o que realmente acontece.
No entanto, é da nossa natureza sermos mesquinhos,
Principalmente, em não aprendermos a demonstrar a gratidão.
***
As marcas –
As cicatrizes –
Os espinhos –
A dor –
Sempre prevalecerão.
Até o momento,
Da transmutação.
Na verdadeira essência,
Do que sou.
Mostrar-me digna:
Da veemente ressignificação.
***
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