Imparidade

À cena, chega o cortejo de todos,

São concirculares arquiteturas e números,

Floreados adornos argênteos em língua

Unto de sons e cliques variegados, ou pessoas

Ao momento em que tomam palanque,

Sua parte mais inconfidente os furta,

Demonstrando os anos mal chegados

Por fim, o rebuscado em tom fala

Quando da pronúncia, na garganta, esviscera-se

O gargarejo, centrífugo, transformando-se

De vez em gorgolejo truncado,

Um tatibitate estrangeiro, talvez até privado

Para que se deem as palavras em nada,

Malformes e cacotransliteradas,

Exagera-se a sudação pálida, que quase oculta

A placidez encurralada de insídia

É a analogia concretista da êmese,

Causando a insuportável ambiguidade

E rasgando o limite frágil

Entre ambos os interpersonagens calados

- Agora, perdoará o silêncio dos pares,

Com a eventualidade do tempo concorrente

No deslindar da intenção de abrir a porta,

Ao ouvinte, sobrou somente a graça de ir embora

H Reis
Enviado por H Reis em 23/03/2022
Reeditado em 26/03/2022
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