VALEI MEU PADIM PADRE CÍCERO
*VALEI-ME MEU PADIM PADRE CÍCERO*
Um padre, um sacerdote
De alma doce, punho forte.
Um homem que não sabia julgar,
Foi julgado e subjugado...
por só saber amar.
Padre Cícero Romão foi amigo de Lampião.
Por isso pagou caro, longo foi seu martírio.
Abraçou com doçura homens sofridos do nordeste esquecido.
Quando Lampião perde a razão vai ao padre Cícero e pede a sua bênção...
Dali em diante Padre Cícero não teria paz como antes.
Seria vítima de perseguição, mas não deixou de agir com o coração.
A igreja, o clero, jamais lhe dariam o perdão.
Morreu pobre, mas com o coração nobre.
Tudo o que tinha doou aos pobres.
Fora condenado... por não saber condenar.
Por mais milagres que fazia, jamais o canonizariam.
Quando óstias em sengue fez transformar de sacrilégio o iriam acusar.
Longo foi o martírio, mas sua fé nunca o trairia.
O Padre de Juazeiro do Norte foi leal ao seu sarcedote, pela batina e a seus devotos, até a morte.
Se de Roma não veio-lhe a canonização.
Do nordeste viria a sua consagração.
O padre Cícero virou santo, escolhido pelo povo castigado e sofrido.
E até nos dias de hoje...
nas horas de aflição o povo humilde implora:
"VALEI-ME MEU PADIM PADRE CÍCERO ROMÃO".
Edna Araújo