Do plural "saudade"
As frestas de uma vida prestes a ancorar
Eu não tenho um bom papo
Para seduzir novas companhias
E tirar um tempo no dia defasado
O que acontece com o amor que fica em nós?
Manchado em nossa alma
Como o cheiro de lavanda que nos segue pelos campos celestiais
Ando pelo amanhecer e vejo florir o sol
Faço um Rio de lágrimas para navegar com meu barco, por aí a sua procura
Sou um viajante perdido em Odes constantes
No céu límpido pálido azul
Ermo e lacrimoso
Refém de mim mesmo, castrado e violado
Estro és
As noites púrpuras que me vestem com carinho
E tocam delicadas as mãos que me sustentam nas estrelas em cadência
Você é um enfeite em minhas lembranças
Mas
Todo adeus é uma esperança
Enterrada nos dias que cavamos ansiosos
Para libertarmos as angústias enlutadas nas horas que nos mata
Até ''breve' é a sede da alma
De beber as lágrimas do encontro
E sorrir como quem se deita nas flores do paraíso
Ao lado de quem se ama
Ternamente!