Do plural "saudade"

As frestas de uma vida prestes a ancorar

Eu não tenho um bom papo

Para seduzir novas companhias

E tirar um tempo no dia defasado

O que acontece com o amor que fica em nós?

Manchado em nossa alma

Como o cheiro de lavanda que nos segue pelos campos celestiais

Ando pelo amanhecer e vejo florir o sol

Faço um Rio de lágrimas para navegar com meu barco, por aí a sua procura

Sou um viajante perdido em Odes constantes

No céu límpido pálido azul

Ermo e lacrimoso

Refém de mim mesmo, castrado e violado

Estro és

As noites púrpuras que me vestem com carinho

E tocam delicadas as mãos que me sustentam nas estrelas em cadência

Você é um enfeite em minhas lembranças

Mas

Todo adeus é uma esperança

Enterrada nos dias que cavamos ansiosos

Para libertarmos as angústias enlutadas nas horas que nos mata

Até ''breve' é a sede da alma

De beber as lágrimas do encontro

E sorrir como quem se deita nas flores do paraíso

Ao lado de quem se ama

Ternamente!

Wel Soares
Enviado por Wel Soares em 13/03/2022
Reeditado em 12/11/2022
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