Selva de pedras

Atacados em plena essência,

Somos a cada dia desmerecidos –

Do direito de ir e vir,

Puxando-nos para baixo.

Mantendo-nos de cabeça erguida,

Insana dignidade.

No vislumbre de novos horizontes,

Esperança do descortinar de mudanças –

Benéficas à todos,

Tão contestadas em dias atuais –

Entorpecendo-nos no desejo de viver.

Sobre esta selva de pedras,

Martelando o tempo inteiro em nossas mentes.

Nem todos são capazes –

De manter a racionalidade em perfeitas condições,

Entrando em colapso.

Por muitas vezes, a raciocínio é desconexo,

Com as nossas necessidades.

Direcionando-se na contramão do destino,

Invalidando as possibilidades de progresso –

Como ser humano.

A massa manipulada –

Sovada como pão –

Amassada –

Jogada de um lado para o outro –

Condicionada –

Sem alguma transmutação.

Em seus olhares os apelos –

Vozes silenciadas –

Ao caos –

Vidas sentenciadas –

À mercê de demandas alheias.

Indiferente a dor –

Nefasto ceifador,

Transvestido de boas intenções.

Mas por detrás das máscaras,

Escondem-se –

Seres inescrupulosos,

Vermes em condições humanas,

Desumanização –

Não fomentando a transformação.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 10/03/2022
Reeditado em 13/03/2022
Código do texto: T7469433
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