Selva de pedras
Atacados em plena essência,
Somos a cada dia desmerecidos –
Do direito de ir e vir,
Puxando-nos para baixo.
Mantendo-nos de cabeça erguida,
Insana dignidade.
No vislumbre de novos horizontes,
Esperança do descortinar de mudanças –
Benéficas à todos,
Tão contestadas em dias atuais –
Entorpecendo-nos no desejo de viver.
Sobre esta selva de pedras,
Martelando o tempo inteiro em nossas mentes.
Nem todos são capazes –
De manter a racionalidade em perfeitas condições,
Entrando em colapso.
Por muitas vezes, a raciocínio é desconexo,
Com as nossas necessidades.
Direcionando-se na contramão do destino,
Invalidando as possibilidades de progresso –
Como ser humano.
A massa manipulada –
Sovada como pão –
Amassada –
Jogada de um lado para o outro –
Condicionada –
Sem alguma transmutação.
Em seus olhares os apelos –
Vozes silenciadas –
Ao caos –
Vidas sentenciadas –
À mercê de demandas alheias.
Indiferente a dor –
Nefasto ceifador,
Transvestido de boas intenções.
Mas por detrás das máscaras,
Escondem-se –
Seres inescrupulosos,
Vermes em condições humanas,
Desumanização –
Não fomentando a transformação.
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