Meu anjo bom...

Com a voz embargada

Lambendo lágrimas

Cantei versos de amor pra criança abandonada

Pro ancião [folhas secas em raiz] levei esperança

que já morria em seu tempo

Mas pro jovem [tenros arbustos] levei sonhos que plasmam amor para bons frutos no porvir

Da chuva dos olhos, pingos não sorvidos, lavei a face pálida...

Embalando versos recolhidos nas poesias, limito-me a deitar em chão estrelado que me consola a dor da perda e da solidão, onde não deixarei saudades...

Lembranças, talvez.

Ouvindo som do canto dos anjos com asas alvas, logo voejarei pelo espaço aberto e então, sorrirei.

Liberta-me-ei enfim!