No meio do caos
Um ser sensível,
No meio da selvageria.
O silêncio ensurdecedor,
Em seus lábios.
Nos pensamentos,
Os gritos, por vezes,
Aterrorizados.
Na essência,
Emana a luz.
Narcisismo frio –
Arrasador.
A alma aquecida,
Infinita busca –
Pela excelência.
Fuga constante,
Do contágio.
Mente ágil,
Entrega-se à beleza –
Expansão.
Irradia horas sombrias,
Ao redor –
Caráter enferrujado.
Transmuta-se em sol,
Ouro – Armadura.
Luta constante,
Dura.
Devastadoras –
Arranhuras –
Por fora.
Por dentro –
Fortalecida,
Bravura.
O não desejado:
Aprendizado –
Malícia e maldade,
Imperfeições alheias.
Proteção –
A liberdade.
Jogo –
De gato e rato.
Raciocínio lógico,
Arma eficaz.
Decepções –
Sempre presente.
Não desfaz –
O brilho.
Uma lágrima cai,
Enfrente ao espelho.
Demonstração –
De ser forte.
Na sobrevivência –
A resiliência –
Bate.
Os dias de luta,
Escrita –
A labuta.
Mesmo diante,
Do cansaço.
Seguindo lento,
Desarmonioso –
O compasso.
Meses –
Anos após anos –
Pertinente expiação,
Vencendo a derrota.
Nada de jogar a toalha,
Cada instante –
A insistência valha.
Perspicácia –
De cada batalha,
Incoerência –
Das jogadas.
Ao final –
Tudo bem.
Sem olhar –
Para trás.
Os passos dados,
Firmes se mantém,
Seguindo enfrente.
O desespero –
Desfaz aos poucos.
Na eficácia –
Do equilíbrio.
Arrefece o estresse,
Momentâneo.
Serei o que sou,
Modo espontâneo.
Não fugindo –
De pré-julgamentos.
Na incompreensão –
Só lamento.
Jamais abaixando a cabeça,
De nunca anular –
A personalidade.
A maneira –
Que me encontro –
De verdade,
Pouquinho de felicidade.
***
Blog Poesia Translúcida