Mulher

Ah mulher...este ser controverso

Um onírico enigma

Que diz nada sentir, e na alma sente imenso

Ser ímpar que nenhuma ciência decifra

Teus caminhos perderam-se no tempo

Conhecer-te, é para o mundo um mistério

És tão imprevisível como a força dos ventos

Teu corpo tem sons como saltério

Ah mulher...quem poderia lhe conter?

És o encanto da noite que acolhe,  inspira

És a sutileza do dia de cada amanhecer

Tua história já deu sentido a tantas poesias

És o sangue que flui, na manutenção da vida

Que esvai-se nas sombras como

De teus arremedos há superação mística

Em tuas veredas poucos se atrevem

De todos os milagres e feitos, és a mais bela

Que emana capacidade única de superação

Uma poder tão letal maior que forças bélicas

Feliz de quem te insulta, e recebe teu perdão

Tua existência contempla o apogeu

Ah...Mulher nada te impede, nada te detém

Abaixo está,  somente de Deus

Um parto são teus "ais", uma dor mais além

Quem pode conceber o entendimento?

Mensurar o aprendizado de chorar por dentro

Louca, bruxa, santa... este ser inteligível

Que esconde todo amargor, num sorriso

Imensurável, inigualável essência,

Anas, Helenas, Joanas...Marias

És o cerne de toda sobrevivência

Ah mulher...és muito mais do que se imagina.

Maria Mística

Heterônimo de Andreia O. Marques